
A construção da termelétrica no DF reacendeu o debate sobre o impacto ambiental no Rio Melchior. A proposta da empresa Termo Norte, que prevê a captação e devolução de água ao rio com mínima alteração de temperatura, foi duramente criticada por especialistas. Em primeiro lugar, o professor Sérgio Koide, da Universidade de Brasília, questionou a lógica do projeto durante depoimento à CPI do Rio Melchior. Segundo ele, se a água devolvida é de qualidade superior, por que não reutilizar diretamente de poços artesianos?
Portanto, a instalação da termelétrica levanta dúvidas sobre a real necessidade de interferência no curso do rio. O especialista defende um sistema de circuito fechado, sem captação ou lançamento de água no Melchior. No entanto, a proposta atual ignora essa alternativa e pode agravar a situação de um rio já classificado como Classe 4 — o pior nível de poluição.
Rio Melchior: um rio de sacrifício ambiental
O Rio Melchior, localizado entre Samambaia e Ceilândia, enfrenta sérios problemas de poluição. A classificação atual impede contato humano, pesca e irrigação. Em agosto de 2024, moradores relataram doenças recorrentes, associadas à contaminação da água. A empresa Hydros Soluções Ambientais foi multada por despejo irregular de efluentes, sem tratamento adequado.
Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que o Melchior se tornou um símbolo de negligência ambiental. A CPI instaurada pela Câmara Legislativa busca soluções, mas enfrenta resistência. A deputada Paula Belmonte destacou que não se pode aceitar que uma região vulnerável tenha um rio de sacrifício. Portanto, é urgente repensar a classificação e implementar ações de recuperação.
Planejamento e fiscalização são essenciais para evitar danos da termelétrica no DF
A construção da termelétrica no DF exige planejamento de médio e longo prazo. Sérgio Koide defende monitoramento constante das águas e controle rigoroso dos despejos industriais. No entanto, a proposta atual parece favorecer grandes poluidores, ao invés de proteger o meio ambiente.
A classificação do Melchior como Classe 4 atrai empreendimentos que se beneficiam da baixa exigência ambiental. Portanto, é necessário revisar esse critério e fortalecer a fiscalização. A Fiocruz também apontou riscos à saúde pública relacionados à instalação da usina. A Justiça do DF já desautorizou a captação de água do rio, reforçando a gravidade da situação.
Seção específica com a palavra-chave: Termelétrica no DF
A termelétrica no DF representa um risco direto ao equilíbrio ambiental do Rio Melchior. A proposta atual ignora alternativas sustentáveis e pode comprometer ainda mais a saúde da população local. Portanto, é fundamental que o projeto seja revisto com base em critérios técnicos e ambientais. O uso de poços artesianos e sistemas fechados de água são soluções viáveis e menos agressivas.
Créditos e referências Fonte: Metrópoles, Jéssica Ribeiro, https://www.metropoles.com/distrito-federal/engenheiro-critica-construcao-de-termeletrica-no-df-poluidores, Acesso em 28/08/2025